E não é que no último dia 17 de Fevereiro completei
55 anos de vida?
Nem acredito. Acho que o tempo se enganou no tempo
comigo.
Ainda há pouco tempo me apaixonei perdidamente e
quase adolescentemente pelo meu último amor, pela minha Elza que me deu dois
tesouros, dois maravilhosos filhos, José Renato II (JR) e João Antônio. O
JR já nos deu a Lariza minha nora e as filhas que não tivemos, as linda
netas Maria Clara e Ana Luiza. João Antônio nos deu a Kennia!
E também não poderia deixar de
registrar aqui e de agradecer de forma profunda e grandiosa aos meus pais,
João e Euza, a quem eu rogo todas as noites pela a nossa existência, minha
e de meus irmãos João Júnior, Marco Antônio e Maria Juliana e uma carrada de
sobrinhos: Mardinho, Isadora, Sara, Ana Laura, Maria Júlia, José Miguel e
Enzo Gabriel!
Como
estes anos se passaram rápido! Nessa passagem, ficaram as marcas, marcas de uma
vida, de quem viveu 55 anos. Algumas dessas marcas ficaram registradas nas
fotografias e na mente. Destes que dividiram comigo um click fotográfico,
alguns já partiram para sempre, outros, até hoje, dão-me o prazer de suas
companhias.
Nesses
meus 55 anos, acho que quase todo mundo é mais moço que eu, não que os invejo,
pois vivi avidamente todos os dias de minha vida, mas percebo que os anos se
passaram numa velocidade estrondosa.
Nessa
caminhada, que já dura 55 anos, muitas pessoas fizeram parte de minha vida,
muitas delas passaram e não deixaram saudades. Outras não, sem que soubessem,
deixaram suas marcas que me acompanharão por toda minha vida, e se eu completar
outros 20, 30, 40 anos, suas lembranças farão bem à minha alma
Agora
chego aos 55 anos. Chegar aqui não foi tão assustador como quando eu estava
chegando aos 25, 35 , 45 anos, mas foi bom finalmente chegar. A
viagem a este mais de meio século nem sempre foi bem planejada, pelo menos
conscientemente. Talvez meu amor pelos livros, pela leitura, pela arte, tenha
sido o meu auxílio nesta caminhada.
A
desvantagem da idade é e deterioração física. Assim como os
produtos chineses nós não fomos feitos para durar. Os componentes do nosso
corpo vão caindo na qualidade e vejo por exemplo que a minha visão já não
é tão nítida! Também caimos na realidade que os anos restantes são
menos do que aqueles que já vivemos. A vida não é um campo de teste ou uma sala
de espera. Este negócio chamado vida é o que temos de real.
Meu
objetivo agora é me tornar mais destemido e me envolver ainda mais com a vida.
Eu amo onde estou, eu amo minha família, eu amo meus amigos, eu amo não
ter emprego, eu amo a minha vida. Eu amo viver!
Que
venha as próximas décadas!