17 janeiro 2010

A escolha do amor

Pessoas que têm certezas absolutas erram mais

Nascido em 30 de abril de 1969, em Cachoeira Paulista - SP, Gabriel Chalita revelou-se como escritor já aos 12 anos, quando publicou seu primeiro livro.
É Doutor em Filosofia do Direito e em Comunicação e Semiótica; Mestre em Direito e em Ciências Sociais; graduado em Direito e em Filosofia. Foi vereador e presidente da Câmara Municipal de Cachoeira Paulista, SP aos 19 anos de idade e atuou em diversas ONGs, entre elas a Julad - Juventude Latino Americana pela Democracia. Foi Secretário de Estado da Secretaria da Juventude, Esporte e Lazer do Governo do Estado de São Paulo; Secretário de Estado da Educação de São Paulo e Presidente do Consed - Conselho Nacional de Secretários de Estado da Educação do Brasil por dois mandatos. Atualmente é vereador na cidade de São Paulo e mantém um programa na TV Canção Nova.

Chalita em seu programa na TV disse:

Todos os dias fazemos escolhas em nossas vidas. Algumas escolhas são simples; outras, mais complexas. Escolhemos a roupa, o sapato, a alimentação, o trajeto. Escolhemos a escola, o trabalho, as prioridades. Como não é possível resolver todos os problemas de uma única vez, vamos escolhendo aqueles que precisam ser solucionados antes. Escolhemos no supermercado, na loja, a forma de pagamento. Algumas escolhas simples ficam complicadas quando complicamos a vida. Fazer um almoço se torna um calvário para quem está angustiado. Ter de escolher o que fazer e que agrade às outras pessoas da família parece um trabalho insano.

Escolher a escola dos fihos. Escolher a mudança de emprego. Aos poucos as escolhas vão exigindo mais reflexão e o resultado da escolha vai ficando mais sério. Uma coisa é escolher a comida errada no cardápio e decidir que não vai pedir mais aquele prato. Outra coisa é perceber que casou com a pessoa errada. A escolha do casamento tem de ser mais demorada do que a do produto de uma prateleira em um supermercado.

Como somos imperfeitos, a dúvida sempre fará parte de nossas escolhas. E é diante da dúvida que amadurecemos. Pessoas que têm certezas absolutas erram mais e sofrem mais com isso.

A dúvida nos torna mais humildes, mais abertos ao diálogo. Nesses momentos é que percebemos nossa maturidade frente aos obstáculos. Os mais concretos ou os mais abstratos.

Neste início de ano, uma modesta sugestão:

Diante das dúvidas que surgirem, escolha o amor.

Diante de sentimentos mesquinhos, como a inveja, o ciúme, a vingança; escolha o amor. Antes de falar, pense. Mas pense com amor.

Antes de agredir, lembre-se de que o tempo da cicatriz é mais demorado do que o tempo do comedimento.

Antes de usar a palavra como instrumento de maldizer, lembre-se de que o silêncio é o grande amigo e de que, na dúvida, o outro deve receber a sua compaixão.

Diante do comodismo, da alienação, escolha o amor em ação. Assim fizeram os apóstolos, mesmo sabendo que seriam incompreendidos; assim fez Francisco de Assis quando ousou chamar a todos de irmãos; ou Dom Bosco com os jovens que só se aquietavam quando se sentiam amados. Assim fez Madre Tereza de Calcutá que fazia a escolha do amor diante de cada próximo que dela precisasse. Diante da boa dúvida, é bom pedir ajuda.

Para os irmãos e para Deus, a essência do Amor. Os desafios são muitos. É por isso que sozinho fica difícil. Como diz a canção: “Eu pensei que podia viver por mim mesmo. Eu pensei que as coisas do mundo não iriam me derrubar”.

E a oração continua e, com ela, nossa certeza: “Tudo é do Pai. Toda honra e toda glória. É Dele a vitória alcançada em minha vida”.

Que sejamos responsáveis em nossas escolhas simples ou mais complexas. Mais uma vez, com amor, tudo fica mais fácil e mais bonito finalizou Chalita!

Um grande abraço!

José Renato de Freitas Almeida
Juara MT
jrfalmeida@gmail.com

08 janeiro 2010

Notícia Ruim é Que Vende

A cada dia fico mais desanimado em ver, ouvir ou ler o noticiário. Só tem coisas ruins. Morte, tráfico de drogas, corrupção e tantas outras coisas que nos fazem desacreditar no ser humano. Acredito que existem mais coisas para noticiar, do que tragédia. Uma das máximas do jornalismo é “notícia ruim é que vende”. Com esse pensamento tanto os novos como os experientes jornalistas nos alimentam de informações. Eu gostaria de ver também coisas positivas. Já estamos tão acostumados com pensamentos negativos, que quando aparecem notícias boas e positivas, as pessoas logo pensam que o jornalista ou o veículo foi comprado.

O Articulista Richard Jakubaszko escreveu: Chega! Bastam-me meus próprios pânicos, medos, ansiedades e angústias. Não vou mais procurar sarna para me coçar. Essa sarna que sai diariamente nos jornais é dos outros, não é minha, afora o fato de que são notícias mal escritas, fatos mal contados, estórias deturpadas do cotidiano e repetidas por quase toda a mídia como verdades eternizadas. A realidade, assim me parece, é que quase tudo o que sai em jornal, nas revistas, TVs e sites hoje em dia é ideologizado. Extrapolou o paradigma do "se há governo, sou contra". É óbvio que existem altíssimos interesses em jogo. Seus autores, entretanto, parecem não se dar conta das bobagens que dizem. Como a preferência é pela "má notícia" todos primam pela procura insana de ver o lado mais negativo daquilo que noticiam.

Afinal, é isso que vende jornal e que dá audiência.

O assunto agora, ou melhor, há alguns meses, era a tal gripe suína. Em Juara há muita gente inconformada com o fato de a gripe ainda não ter chegado por aqui, isso mesmo! Por incrível que pareça! Durante a Expovale, houve rumores que algumas pessoas, vindas de Cuiabá para participar da festa, estariam infectadas pelo novo vírus. Dizem as más línguas que uma dessas pessoas teria passado mal e sido encaminhada ao hospital da cidade.

Nenhuma dessas informações se confirmou. Tudo isso é uma conseqüência do pânico desnecessário que a mídia de massa tem transmitido à população sobre o assunto. Um flagrante de sensacionalismo. A verdade é que a mídia de modo geral adora uma tragédia: seja um acidente aéreo ou uma nova doença. A gripe suína mata tanto quanto a gripe comum, ou seja, menos de 1% dos infectados; Mas a impressão que a mídia passa é que a espécie humana corre um sério risco de ser dizimada a qualquer momento. É... Notícia boa não vende jornal e nem gera audiência em Sites... fazer o quê...

Elio Gaspari costuma dizer que, nas redações, a notícia chega devagarzinho, abre a porta de leve, põe a cabeça para dentro e entra correndo para esconder-se. Se alguém a notar, será imediatamente chutada para fora.

E, se a notícia for boa, suas chances de sobrevivência são ainda menores. Notícia que o pessoal gosta é corrupção, é escândalo, é miséria, é tudo aquilo que deu errado. Nas ocasiões em que o Brasil dá certo, aí não é notícia (e não vale nem a regra de que boa notícia é o inusitado). Lugar de notícia boa é o cesto do lixo.

O BB de Juara é responsável por 80% de todo o investimento produtivo na indústria e comércio local, financia 100% dos Pronaf's com quase mil beneficiários, 100% do Banco da terra, 100% de aplicação de FCO, convênio da AABB com a Prefeitura Municipal que beneficia mais de 100 crianças com noções de cidadania e reforço escolar, gerando emprego e renda e melhoria na qualidade de vida e ainda tem o programa de Estratégia de DRS com a Associação de Artesões e a Cooperativa de Costureiras.

A atuação do BB, com a Estratégia Negocial de DRS, se dá por meio do apoio a atividades produtivas, com a visão de cadeia de valor, identificadas como vocações ou potencialidades nas diferentes regiões onde o Banco do Brasil está presente. A Estratégia DRS apoia o desenvolvimento de atividades nas áreas rurais e urbanas (agronegócios, comércio, serviço e indústria).

A metodologia de atuação prevê a sensibilização, mobilização e capacitação de funcionários do BB e de parceiros, e ainda a elaboração de um amplo diagnóstico, sendo abordada a cadeia de valor das atividades produtivas apoiadas e identificados pontos fortes, pontos fracos, oportunidades, ameaças e potencialidades, dentre outros. O BB está disponibilizando aos cooperados e associados das duas instituições acima, crédito especial com juros de 1% ao mês.

O BB tem disponibilizado ainda permanentemente 03 vagas para estagiários a estudantes da comunidade além de 01 vaga a menor aprendiz comprovadamente carente.

Você já viu essas notícias em algum site, jornal ou Rádio? Claro que não. As notícias são sempre sobre fila, sobre terminal inoperante...

Você já viu em algum local a informação que o BB de Juara é a única instituição que tem total acessibilidade aos portadores de necessidades especiais. Inclusive sanitários? É o único local onde um cadeirante sozinho pode entrar, ser atendido, ir ao banheiro, sem ser humilhantemente carregado ou arrastado? Claro que há exceções: TV Juara, Rádio Tucunaré e Show de Notícias!

Vale a matéria negativa? Vale sim. Mas, além da volúpia por más notícias, há um problema extra, que assusta repórteres: o medo da patrulha. Fazer matéria a favor pode dar a impressão de que há alguma coisa esquisita além da reportagem. Mas é preciso vencer também este preconceito – ou ficaremos restritos ao noticiário negativo e cobertura policial.

Uma das razões para tal predileção da imprensa está na própria natureza da sociedade. Se você já presenciou um acidente de carro numa rodovia, sabe do que estou falando. Quando isso ocorre, é comum que o trânsito fique lento nas imediações do local. Os motoristas, em vez de trafegarem normalmente, reduzem a velocidade com um único objetivo:

esticar o pescoço para ver o que houve e, principalmente, para conferir se há vítimas em meio às ferragens. Ainda que as pessoas queiram distância da morte, quando ela se dá de forma violenta, passa a ganhar um interesse maior por parte do público.

Aqui mesmo no Show de Notícias as matérias mais acessadas são de acidentes, tragédias exceto o segundo lugar. Veja o Ranking:

01 - Acidente de transito na Avenida Rio Ayrton Senna em Juara tira a vida de um jovem de 19 anos.

02 - SOBRE O ESTATUTO DO IDOSO, por Marcelo Junior Gonçalves.

03 - Acidente na MT 338 mata dois jovens de Novo Horizonte do Norte e deixa outro ferido.

04 - Jovens de Juara que iam ao Show de Zezé Di Camargo em Juína sofrem acidente na MT 170.

05 - Mulher de 53 anos tem fratura de tíbia e perônio em acidente de moto com caminhonete.

06 - Acidente com moto tira a vida de Jean Carlos do Nascimento, filho da Fátima da Antártica.

07 - Djalma de Paula, assaltante do Banco do Brasil de Tabaporã preso pela polícia morou em Juara.

08 - Homem é morto a golpes de enxada em Porto dos Gaúchos e enteado é suspeito.

09 - Termina uma semana que teve morte, sexo no banheiro da praça e anúncio de uma nova estrada asfaltada.

10 - Fim de Semana: Mulher morre após acidente com moto, família capota carro com 07 pessoas dentro.

Mas tem gente que é contra tudo isso que está ai.

Em 14 de novembro de 2008 foi o início de um blog criado pelo jornalista Tommy Beresford, com co-autoria da também jornalista Luciana Naomi Hikawa, o Somente Boas Notícias.

A idéia é simples: fugir do mundo-cão, das notas bizarras e do muito de notícias ruins que já são publicadas todos os dias pela imprensa brasileira.

Somente boas notícias, somente notícias boas… De notícias ruins, a internet já está cheia, basta consultar qualquer seção de “Últimas Notícias” nos principais portais. No ‘Boas Notícias’ entram, portanto, notícias positivas: descobertas científicas que sirvam para melhorar a saúde e/ou o bem estar das pessoas, medidas e leis que sejam boas para o povo em geral, acontecimentos legais no cotidiano da população: boas ações e boas intenções. Na falta de possibilidades de criar um jornal impresso deste gênero, a internet é mais uma vez a melhor opção e este é mais um blog, entre tantos milhões com o propósito de ser diferente.

Agora mesmo, enquanto escrevo este texto, domingo 03 de janeiro de 2010 às 16h45min vejo a primeira página do Folha Online e não tem nem uma notícia positiva. Só desgraças, acidentes, mortes: tragédia em Angra, briga em avião, história de quem morreu, de quem sobreviveu, de quem perdeu parentes, congestionamento em rodovias...Tragédias e mais tragédias!

Até o presidente Lula que disse que não lê jornal criticou a predileção da imprensa pela desgraça. Segundo ele, a imprensa só noticia com destaque as notícias ruins e esconde as positivas.

O que a mídia faz é simplesmente reproduzir fatos que o leitor, o ouvinte, o telespectador ou o internauta está sempre disposto a consumir. A mídia, como diz Edgar Morin, não inventou o crime, a violência, a tragédia. E ainda que muitos jornalistas achem que são deuses, eles também não inventaram a morte.

Quando temos uma descontraída sequência de notícias alegres, é porque não somos sérios. Quando o noticiário mostra violência e tristeza, é porque a “mídia só gosta de mostrar tragédia”. Neste cenário sem máscaras e fantasias, cada vez mais vale a máxima jornalística de que notícia boa é notícia ruim. Mas ainda assim, o que deve prevalecer mesmo é a verdade sem exageros. E ainda bem que há jornalistas sérios que fazem isso.

José Renato de Freitas Almeida

Juara MT